22 junho 2007

Racismo supremo

Olha aqui, rapaz. Eu sou judeu. (Outro dia eu disse que era católico. É óbvio que quando digo “sou judeufalo etnicamente, tribalmente, historicamente e não religiosamente. Não é qualquer um que tem uma das doze tribos de Israel no sobrenome etc.) Como tal, estou inscrito numa minoria muito mais minoritária que pretos, gays e o que mais se queira. Comparar a discriminação e perseguição histórica que esses dois grupos sofreram àquela sofrida pelos judeus é, no mínimo, piada. Ninguém tão discriminado. Ninguém tão perseguido. Ninguém tão escravizado. Ninguém tão segregado. Antonio cuspindo em Shylok é a imagem perfeita da história do judaísmo. Os judeus sempre foram a barata da humanidade. Como as baratas, são perseguidos, odiados, abominados por todo o mundo. Como acontece às baratas, ninguém perde a oportunidade de lhes dar uma chinelada. E, como as baratas, simplesmente, não morrem.

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