19 agosto 2010

Veja nunca erra!

Jornalistas da VEJA assinam disparates de dimensões bíblicas quando o assunto é religião.
Há quase três anos Reinaldo Azevedo, o Esaú tupiniquim que trocou sua credibilidade pela lentilha* de sua submissão ao PSDB e ao Papa, escreveu em seu blog hospedado na Veja online:
“Se você conhece mesmo Santo Tomás, sabe que ele jamais chamaria de ciência a concepção imaculada. Volte aos livros. O que é matéria de fé está fora do escrutínio científico. Mesmo as provas da existência de Deus, na Suma Teológica, são exercícios lógicos. Assim, em termos estritamente tomistas, Maria ter concebido virgem não pode jamais ser um ‘absurdo’ porque há uma condição anterior a qualquer verificação da experiência: ‘é preciso crer’.”
Comentei, no dia seguinte, no Pugnacitas: “Ele acha que Imaculada Conceição se refere à concepção de Jesus, nascido de uma virgem. (...) Imaculada Conceição significa que ela (Maria) teria nascido sem pecado original.”
Continue lendo aqui.

18 agosto 2010

Libertários de todo o Brasil, amadurecei-vos!

Às vezes tenho surpresas deveras agradáveis na internet.

17 agosto 2010

A política e seus dilemas

Não concebo como alguém que se interesse mais a fundo pela política (isto é, que não considere como política apenas o que sai publicado na mídia) não tenha dilemas congêneres aos de Pedro Sette-Câmara. Para essas pessoas, pensar o político não tem nada a ver com ter para já respostas prontas e simples capazes de atender às complexidades dos temas políticos. É inevitável se defrontarem com tensões, contradições e dificuldades, como, por exemplo a tensão entre liberdade e autoridade; a legitimação do poder; as relações entre democracia e liberdade; a melhor forma de governo e o melhor regime; relações entre política e direito; a tensão entre o ser e o dever ser; etc.

Book Review: "O Senhor Ventura", de Miguel Torga

Miguel Torga usa frequentemente em suas obras as imagens de um Portugal rural, onde a faina diária dos homens para a subsistência está presente e compõe um dos elementos essenciais da narrativa. Os diversos elementos agrários – a semente, a terra, a colheita, o pão, a água, o trabalho- são, em sua prosa, imagens radiantes de vida que, escritos num estilo lírico e contido (Torga é um mestre em resumir numa frase o que outros escritores levariam várias delas para dizer o que querem) fazem o que talvez seja uma das obras mais interessantes da literatura portuguesa do século XX.