23 junho 2006

Da Taxonomia Social

A divisão "burguesia" X "proletariado" cai por terra com algumas investigações bem simples, e algumas perguntas bem formuladas. O sociólogo Emir Sader é burguês ou proletário? E o presidente Lula? E o juiz do STF? E quanto ao padre da minha paróquia? Uma nova taxonomia se faz necessária, mas a marxista não é contestada nos altos círculos da sociologia universitária. Leia o artigo (por Luís Guilherme)

Um comentário:

Renato C. Drumond disse...

"Uma nova taxonomia se faz necessária, mas a marxista não é contestada nos altos círculos da sociologia universitária"

Bem, nos "altos círculos da sociologia universitária" Marx é sim bastante contestado. O problema maior é que o marxismo se espalhou para áreas na qual o sujeito tem contato com ele mas não o estuda profundamente. Repare que a maior parte das bobagens que se diz utilizando o instrumental marxista não são ditas por economistas, filósofos ou sociológos, mas sim por escritores, críticos de cinema e jornalistas. Óbvio, há ainda as viúvas de Marx, e elas precisam ser combatidas.

O marxismo sobrevive, hoje, mais como retórica do que como programa de pesquisa ou de transformação social, da mesma forma que o Estado Mínimo(que provê apenas segurança e justiça) é mais uma figura retórica do liberalismo do que uma doutrina defendida pela maioria dos liberais.