Quando era garoto, na periferia de Porto Alegre onde me criei, havia uma espécie de limbo entre o meio urbano e o rural. De meu edifício de quatro andares, eu avistava um campo onde os bois e vacas pastavam. Não havia uma transição gradual como na maioria de nossas cidades atuais, era abrupta. Acostumei-me tanto a esta paisagem sui generis que ao avistar as paisagens citadinas de hoje, sinto um estranhamento pelo que, na realidade, é “normal”.
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