Gosto deste papa sem papas na língua, mas em que pese sua verve crítica, penso ter detectado um pequeno hiato entre suas palavras e alguma de suas opções.
16 maio 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O pensamento diferente, apresentado de uma forma diferente.
2 comentários:
João Paulo II escreveu: "Não é mal desejar uma vida melhor, mas é errado o estilo de vida que se presume ser melhor, quando ela é orientada ao ter e não ao ser, e deseja ter mais não para ser mais, mas para consumir a existência no prazer, visto como fim em si próprio" (encíclica "Centesimus annus"). Quando Bento XVI fala em consumismo, é à idéia expressada por seu antecessor que ele se refere. Logo, não há o menor fundamento em apontar supostas contradições entre as idéias e as práticas de Bento XVI em relação ao consumo. Ademais, quero saber quem defendeu a noção de que "qualquer motivo para alegrar-se é equivocado, enquanto não se vislumbrar a verdade última".
"Consumismo" não precisa se ater à definição dada pelo ex-papa. A não ser que se obrigue tomar um conceito definido pelo papa como parti pris para o diálogo.
Eu não entendo assim, nem entendo o "excesso" de consumo como "presunção de um estilo de vida melhor" ou algo que o valha.
Acho sim que se Bento XVI fosse coerente, deveria deixar um dos carros mais valorizados do mundo de lado e adaptar um modelo popular para seu papa-móvel. Esta crítica seria, no entanto, dispensável se não fosse o comentário papal.
Postar um comentário