23 setembro 2006

Como perdemos o 11 de Setembro

Há décadas que a famigerada Al-Qaeda ansiava pela visibilidade. As reacções ao desastre elevaram-na à condição de grande actor da cena internacional. A sua realidade é nebulosa, mas foi-lhe atribuída a pior arma possível contra o Ocidente burguês e consumista. Uma velha máxima da História diz que nada faz mais medo aos que vivem no conforto que o alegado desprendimento de quem se entrega a uma causa. Há 158 anos foi declarado: "Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas" (Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista, 4). Era mentira, mas o grito fez tremer o sistema capitalista e quase o venceu. Hoje os jornais falam de multidões de jovens islâmicos capazes de desprezar a vida.

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