Correndo o risco de me meter em cova de leões, resolvi analisar o artigo do Rodrigo que provocou essa confusão na rede. Ele queria uma análise item por item. Eu, humildemente, tentarei mostrar porque eu, Lefebvre de Saboya, não gostei nada do texto. Não vou ser acadêmico em demasia, e usarei somente argumentos que lembro de cabeça. Só aqui ou ali vou pesquisar melhor o motivo da minha discordância. Quero ver se minha alfabetização cultural basta.
O texto do Rodrigo é confuso. Depois de acompanhar as discussões entre ele e o Olavo de Carvalho, fico mais confuso ainda. Rodrigo diz que sua intenção não foi a de atacar todas as religiões. O texto mostra outra coisa. Ele acha que a ciência é mais aberta ao debate que a religião. Eu, além de saber que as duas áreas são bem diferentes, que a religião só é assunto de quem acredita, também sei que a ciência pode ter os mesmos vícios de uma religião fanática. Vejam bem, eu disse fanática. Fanática! É só para não ter confusão com o termo.
Destaquei os parágrafos do artigo do Constantino. O meu texto vai logo abaixo. Divirtam-se.
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18 fevereiro 2007
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Um comentário:
Olha, Lefebvre, não houve isso de Olavo vs. Constantino, coisa nenhuma. Houve apenas o pobre do Constantino surrado implacavelmente, publicamente humilhado e desmoralizado, quase às raias da completa liquidação intelectual, por um oponente mil vezes mais arguto, mil vezes mais culto, mil vezes mais articulado, mil vezes mais preparado. Olavo de Carvalho é um gigante do pensamento brasileiro, um filósofo de gabarito e vastíssima erudição, que não entra em debates públicos para palpitar, ao contrário do nosso Constantino, ainda no limiar de sua carreira de pensador, ainda em processo de amadurecimento, ainda provando as suas armas intelectuais. Foi um massacre, e deu pena do Rodrigo.
Não quero dizer com isso que o Olavão seja o detentor supremo da verdade, a expressão máxima de todos os conhecimentos, impossível de ser batido em um debate. Não é isso. É que o Olavo, via de regra (e eu o acompanho há muito tempo) raramente entra em uma discussão sem haver meditado profundamente acerca do tema escolhido, sem dominar o assunto em seus pontos capitais. Nessa arenga sobre religião, o Constantino entrou de gaiato, com idéias superficiais sobre o tema, claramente sem nunca haver se dedicado seriamente à meditação sincera do material lido e apreendido, mantendo-se acorrentado a chavões e a frases de efeito, que tão-somente davam suporte a uma sua idéia pré-concebida, porém distante da verdade.
Mas acho que essa briga toda deve se encerrar por aqui. Olavo já bateu bastante e já venceu de lavada. Constantino não é nenhum desonesto, ao contrário, é um liberal sincero, e vinha até no bom caminho. Tem futuro. Apenas foi insolente e arrogante, e talvez a surra dada pelo Olavo possa até ajudá-lo a amadurecer intelectualmente. E quem sabe, estudar melhor a língua pátria, pois o seu texto ainda é gramaticalmente péssimo.
Gosto de ambos e fico chateado quando vejo liberais e conservadores se digladiando publicamente. Quem dá risada são os socialistas.
Um abraço.
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