O pequeno Judas às avessas
Artigo publicado no site Mídia sem Máscara
Lemos estarrecidos que um grupo de homens, entre eles um menor, rendeu a mãe e a irmã de João Hélio e as tirou do carro sem se importar com o fato de que o menininho, de seis anos, continuara preso à cadeira de trás pelo cinto de segurança. O carro arrancou com o corpinho pendurado do lado de fora e continuou rodando por alguns quilômetros, uma versão urbana e macabra da morte arrastada por mula. Houve quem testemunhasse que, ao gritar para o grupo na rua sobre o que acontecia, a resposta foi acompanhada de risos: "É o nosso Judas." Essa é a fala da turba ensandecida, da voz sem rosto das massas, do espírito coletivo assassino que faz encarnar o bode expiatório até mesmo em crianças inocentes. É a fala de quem decide arbitrariamente, como um deus, quem representa o mal e como purgar esse mal, passando ao ato sem remorso porque não duvida de seu próprio julgamento.
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