23 maio 2008
Como proteger o meio ambiente em uma sociedade liberal?
O meio ambiente, a natureza, numa sociedade liberal, é de propriedade privada. Assim, os danos causados ao ambiente são divididos em dois grupos: os danos em sua propriedade e os danos que aconteceram nos outros.
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6 comentários:
Caro Fábio,
Tal “sociedade liberal” existe? Mesmo em sociedades capitalistas avançadas existe a propriedade pública, o bem público ou “difuso”. Como privatizar o ar, águas internacionais? O subsolo até que vejo como possível, mas ainda assim depende... Por exemplo, a extração de petróleo nos EUA teve que ter, em contrapartida, uma legislação copiada da de caça, pois este recurso “flui” entre propriedades. E a lei, não deixa de ser um “bem comum”... Quero dizer que, por mais liberal que seja uma sociedade, ela não pode se eximir de uma discussão do que é e do que não é público.
Concordo com o Anselmo. Seria interessante explicar qual é a solução libertária para problemas como o aquecimento global e a poluição atmosférica e da água. E se tal proposta é mesmo boa, resta saber por que não se tornou realidade.
Marcos,
Nem precisamos ir tão longe com a questão do aquecimento global, altamente controverso, mas basta aquilo que já é bastante consensual.
Como regular a poluição (e indenizar) causada pelo RU à Noruega (com o subproduto de chuvas ácidas)? E aqui, o RS que faz o mesmo aos pastos uruguaios, com a chuva ácida formada pela poluição da termoelétrica de Candiota?
Só há um modo de "por em prática" a utopia libertária: tendo absoluta fé no desenvolvimento tecnológico.
E, dentre os filósofos, quem mais se notabilizou por semelhante fé foi, nada mais nada menos, que um tal de Karl Marx...
Não quero entrar agora na polêmica do aquecimento global. Só o citei como exemplo de questão que talvez exigisse uma solução contrária aos princípios libertários. Se no futuro houver prova de que se trata de um problema grave, causado pela atividade humana, quero saber como um mundo de propriedade privada total o enfrentaria. O mesmo vale, mutatis mutandis, para a poluição atmosférica e da água. E os exemplos que você citou, Anselmo, também dão o que pensar.
Só uma observação, Marco. Independentemente de meu ceticismo quanto ao "aquecimentismo", acho que reformulações na matriz energética e planos de mitigação da poluição, reciclagem, substitutivos tecnológicos etc. etc. são muito bem vindos.
Tais alternativas não são "de esquerda" ou "de direita". São simples evolução.
Mas, quem mais tem evoluído a tecnologia, ao menos nos EUA, não é o setor privado e sim, os militares...
Anselmo, infelizmente uma sociedade anarco-capitalista não existe.
O motivo de postar esse texto, era mostrar a visão libertaria do meio ambiente.
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