05 dezembro 2007
Um deus à la carte
Curioso para saber o que se fala a meu respeito, dei um googlada no universo blogueiro. Nossa, mudaram os tempos! Ninguém mais me chama de comunista, como já fui chamado em priscas eras. Muito menos de agente do DOPS, do SNI ou da CIA, epítetos aos quais também já fiz jus. Houve época em que me foi pespegada a alcunha Robin Hood às avessas, o que tira de todos e não dá nada a ninguém. Um publicitário teve inclusive um achado dos bons: Savonarola às avessas, que nos condena por não pecarmos.
Coisas da época da Guerra Fria. Mudam os tempos, mudam os insultos. Sou visto hoje, fundamentalmente como... ateu. Mais ainda, como ateu militante. Bom, ateu eu o sou desde meus tenros anos e não vejo isto como ofensa. Ora, definir alguém como ateu é muito pobre. Significa apenas que a pessoa nega a existência de deus. Ora, uma negação não passa de uma negação. Não serve para definição. É algo como afirmar: o Cristaldo não gosta da literatura do Machado. Isto pouco ou nada diz a meu respeito. Se alguém dissesse que sou marxista ou anarquista, positivista ou espírita, tomista ou cartesiano, estaria de fato esboçando uma definição. Ocorre que não sou nada disto.
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