12 dezembro 2007

Islã versus bicicletas

Nas raras vezes em que viajei por países islâmicos, voltei ao Ocidente com vontade de imitar João Paulo II, que a cada país, ao sair do avião, beijava o solo em que pisava. Minhas observações sobre esses países – Egito, Argélia e Tunísia – são as observações superficiais de um turista, pois jamais consegui penetrar na intimidade daquelas sociedades. Esses países, eu os conheço mais de leitura do que de visita. Mas, pelo que se vê na rua, já se pode ter uma boa idéia da desgraça de ser mulher no Islã. Quando sento nos bares do Ocidente, seja em Paris ou São Paulo, seguidamente evoco aqueles países que ainda não saíram da Idade Média. Olho em torno a mim, vejo mulheres alegres e independentes, bebendo e comendo o que bem lhes apetece, pagando suas contas com seu dinheiro, rosto descoberto, coxas, seios e espáduas à mostra. É quando ergo uma prece silenciosa a este Ocidente, que tantas vezes xingamos intimamente, sem nos darmos conta do privilégio que gozamos. Fosse aquele boteco transferido a um país islâmico, cada uma daquelas mulheres estaria cometendo vários crimes ao mesmo tempo.

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