16 novembro 2007
Múmias temem virar pó
Luis Fernando Verissimo, ao que tudo indica, ainda deve estar em estado de choque com a reportagem de Veja sobre os 40 anos da morte de Che Guevara. A bem da verdade, até eu estou perplexo. Pois nestas últimas quatro décadas as redações sempre esteve dominada pelas esquerdas, até mesmo em jornais tidos como de direita. A reportagem de Veja rompeu com meio século de silêncio em torno aos assassinatos do bandoleiro argentino.
Eu, no entanto, estou agradavelmente perplexo. Não é o caso de Verissimo. Em entrevista aberta à platéia, ontem, no Memorial da América Latina, o escritor analisou a mudança ideológica dos jornalistas. E desenvolveu uma bizarra teoria para explicá-la:
- Antigamente, as redações tinham máquinas de escrever. Era um barulho infernal. Tenho até uma teoria para explicar essa mudança da esquerda para a direita nas redações. Nos últimos anos, os jornais e as revistas brasileiras deram uma guinada à direita. Mas, quando comecei no jornalismo, todos nós éramos de esquerda. A gente aceitava o fato de ser direita quando era do editor pra cima. Hoje, é o contrário.
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2 comentários:
Se o Veríssimo tivesse um pouquinho de dicernimento veria que afirmou que ser "de direita" é ser mais evoluído, uma vez que máquinas de escrever são "de esquerda" e computadores, não.
*diScernimento... Desculpem a falha.
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